Dúvidas Frequentes
A inclusão dos 10% de atividades de extensão para todos os cursos de graduação implicará em aumento da carga horária total do curso?
Como princípio não deve ser aumentada a carga horária do curso. É necessário fazer uma análise do currículo atual e verificar as possibilidades para cada curso.
Os 10% de atividades de extensão devem ser calculados com base na carga horária total das disciplinas específicas ou na carga horária total do curso?
Os 10% de atividades de extensão devem ser calculados com base na carga horária total do curso.
Uma disciplina prática pode ser contada como atividade de extensão? De que forma?
Depende de como for organizada no PPC de cada curso, desde que não seja contada duas vezes. Deve-se observar que as atividades de extensão curricularizadas devem ser necessariamente integradas com a comunidade em geral, não se reduzindo a uma prática determinada de uma área específica no exercício de sua futura profissão.
Como possibilitar que os alunos atuem nas atividades de extensão gradativamente ao longo do curso?
Caberá a cada curso definir o momento em que as atividades de extensão devem ser realizadas de acordo com o projeto pedagógico do curso. Recomenda-se que esta oferta seja distribuída em mais de um período, possibilitando a participação dos alunos em momentos distintos, de modo a não deixar que realizem em um só período.
Estágio pode ser considerado como atividade de extensão?
Não. De acordo com a Lei n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008, estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido em ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo.
Atividades de estágio realizadas pelos estudantes podem ser creditadas para Curricularização da Extensão?
Depende. Compreende-se que estágio não é extensão. Entretanto, a Lei do Estágio n.º 11.788/08, em seu § 3º do Art. 10º, permite que atividades de extensão sejam validadas como Estágio, se previstas no PPC. Nesse caso, se as atividades não são rotina de trabalho e o estudante realiza uma ação em diálogo com a sociedade e produz resposta às demandas sociais, a carga horária destas atividades pode ser contabilizada como Extensão.
Será necessário reformular o PPC para que a Curricularização da Extensão tenha validade ou será feito um adendo ao PPC vigente?
É preciso que o PPC seja reformulado. As diretrizes do CONIF indicam que não se deve criar um "apêndice" no PPC. "Neste sentido, promove-se de fato a inserção de atividades de extensão na estrutura das matrizes curriculares, tendo como referencial os limites observados na instituição para a carga horária total dos cursos, ou seja, não se trata da criação de apêndices que acrescentam carga horária extra aos cursos."
A partir de qual semestre de ingresso, o aluno será obrigado a cumprir as horas destinadas à Curricularização da Extensão?
Os PPC deverão ser (re) formulados com a inserção das atividades de extensão no currículo do curso até dezembro de 2022. A partir desta data, novos ingressantes deverão estar matriculados na nova matriz curricular.
O estudante atuando de maneira voluntária em instituições sociais e governamentais (Asilo, ONG, Associações) poderá ter sua carga horária contabilizada como Atividades de Extensão?
Projetos de voluntariado nem sempre são atividades de extensão. Caso essas atividades sejam reconhecidas e registradas na instituição como Atividades de Extensão, elas poderão ter sua carga horária validada no curso.
Como fazer a distinção entre atividades de curricularização e atividades complementares? Quais procedimentos são adotados para evitar a dupla contabilização?
Nem todas as atividades complementares são atividades de extensão. Para as atividades relacionadas à Curricularização da Extensão serão validadas apenas as atividades de extensão registradas para esse fim; Cabe à coordenação de curso/secretaria ou registro acadêmico criarem mecanismos que impeçam a validação do mesmo certificado/declaração de extensão em mais de um componente curricular. Cabe ressaltar também que a extensão passa a ser obrigatória na matriz curricular e não pode ser considerada "complementar".
No caso do projeto integrador, registrado em um sistema próprio de gestão de projetos, os alunos ao final do projeto podem ser certificados por esta atuação mesmo sendo contabilizada dentro da carga horária do curso?
Caso o projeto integrador seja registrado também como um projeto de extensão, pode-se haver a certificação além da carga horária no histórico. Deve-se apenas observar para que esse certificado não seja validado em outra unidade curricular de extensão para não gerar duplicidade. O certificado de um projeto de extensão pode contribuir na vida do estudante fora da instituição, algo que fica mais difícil de comprovar apenas com o histórico.
Uma parte das horas contabilizadas para a Curricularização da Extensão nas disciplinas pode ser na forma de EAD?
Todas as atividades de extensão devem ser executadas em permanente interação dialógica junto à sociedade. Entretanto, os programas/projetos de extensão geralmente têm um período de planejamento e organização logo no seu início. Esse período pode ser utilizado para levantamento de dados, contato por telefone ou e-mail com os setores da sociedade, e não necessariamente precisa ser presencial.
A Curricularização da Extensão também se aplicará ao ensino técnico de nível médio?
Não é obrigatório. Tanto o PNE 2014 quanto a resolução CNE Nº. 7/2018 dizem respeito somente aos cursos de graduação, e pode ser estendido aos cursos de pós-graduação.
Há a necessidade exclusiva do professor na execução do trabalho de extensão? O professor poderia planejar e orientar o projeto e a execução em alguns momentos poderia ser realizada em colaboração com outros servidores?
O professor responsável pela disciplina não necessariamente precisa coordenar o projeto relacionado à unidade curricular que ele ministra. A legislação indica que seja executada a atividade de extensão com a participação discente, mas não exige que seja pela mesma pessoa que ministra a unidade curricular.
Considerando a Curricularização da Extensão em uma matriz, em forma de unidade curricular específica (como se fosse uma disciplina no semestre), deve-se fechar a ementa em um objeto específico de trabalho ou deixar aberta de forma a aproveitar os diversos aspectos de ensino e pesquisa envolvendo um semestre?
O problema de limitar muito o projeto de extensão na ementa é que, se quiser mudar nos próximos semestres, o projeto está limitado pela ementa. A ementa deve constar os aspectos mais gerais do projeto e o plano de ensino deve detalhar o projeto a ser executado.
Os projetos de eventos, abertos a comunidade e associados às disciplinas do curso, podem ser validados como atividades de extensão?
Depende de dois fatores, se esses eventos são considerados como extensão pela instituição e se esses eventos fazem parte de um projeto/programa de extensão maior. O PNE 2014-2024 indica que a curricularização será efetiva com projetos e programas; eventos isolados não atendem ao objetivo. Seria necessário criar um projeto que englobe todos esses eventos pontuais e busque um objetivo maior, pautado na interação dialógica, na transformação social e no impacto da formação discente