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Professora do IFF Bom Jesus participa de capacitação no Observatório de Ondas Gravitacionais nos EUA
Ensino de Física
Seleção aconteceu em janeiro de 2023 e apenas dois professores brasileiros representam toda a América Latina entre os selecionados.
Em 1915 o famoso físico teórico Albert Einstein desenvolveu a Teoria da Relatividade Geral, que se tornaria um dos pilares da física moderna. Cem anos depois, em 2015, os detectores do Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO, na sigla em inglês para Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) captaram pela primeira vez uma onda gravitacional - a mais recente comprovação da teoria proposta pelo físico alemão. Em 2023, a professora Ana Cecília Soja, do Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana, recebeu a oportunidade de passar uma semana acompanhando essa experiência de perto, em Washington, nos Estados Unidos.
Ana Cecília e outros 19 professores, de 14 diferentes países distribuídos pelos cinco continentes, foram selecionados para participar de uma semana de capacitação no LIGO por meio de um programa que objetiva treinar professores para a adoção de boas práticas no ensino de física, ciências e, principalmente, assuntos relacionados a ondas gravitacionais, que é o propósito do experimento desenvolvido no local. “Passamos o dia inteiro, das 8h da manhã às 18h, discutindo tópicos avançados em física, mas com esse olhar do ensino médio, buscando desenvolver formas de traduzir os grandes aprendizados da física, as grandes descobertas, para o ensino médio”, explica. As atividades incluíram palestras, workshops com atividades pedagógicas e visitas às instalações do laboratório, incluindo o acesso à estrutura interna do laser para entender seu funcionamento.
A professora explica a técnica utilizada para a detecção das ondas gravitacionais por meio dos lasers construídos no LIGO, cujo experimento supera o valor de 2 bilhões de dólares. Ouça:
Segundo Ana Cecília, esta é uma janela da física que está se abrindo. “Trata-se de um conhecimento que não tem ainda uma década completa. A gente ainda não sabe o que é possível fazer com isso. É realmente a fronteira do conhecimento, a fronteira da ciência”, entusiasma-se. Para ela, a importância da experiência no laboratório é ser a ponte entre esse conhecimento tão avançado e recente e os estudantes. “A ciência é extremamente colaborativa e a ideia é trazer isso para os alunos. Contar não só o que já sabemos da física, mas também o que estamos descobrindo hoje e o que a gente espera descobrir, quais são as perguntas em aberto”, afirma. A oportunidade representa também uma atualização para sua maneira de dar aula, com metodologias mais inovadoras e comprovadamente eficientes, acredita.
O LIGO recebe profissionais de todo o mundo e o programa dedicado a educadores é financiado por agências de fomento americanas, contemplando custos com hospedagem, alimentação, transporte durante a capacitação e material do curso.
Saiba mais sobre o evento AQUI. Confira as fotos:
Professores foram acompanhados por profissionais do Laboratório durante visita às estruturas. | ||
Grupo teve a oportunidade de conhecer locais de acesso restrito no laboratório. |