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Novembro Negro discute caminhos para sociedade igualitária

Arte e Cultura

Evento aconteceu nos dias 10 e 11 de novembro, com temática abrangente e abordagens diversas sobre a história da África e dos povos negros da diáspora africana.
por Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana publicado 14/11/2016 15h00, última modificação 14/11/2016 16h28
Show image carousel Muitas palestras, mesas redondas, minicursos e oficinas debateram a temática do evento.

Muitas palestras, mesas redondas, minicursos e oficinas debateram a temática do evento.

O Novembro Negro chegou ao fim na última sexta-feira (12), deixando nos participantes e organizadores um pouco de tudo que foi discutido, ministrado e apresentado nas oficinas, palestras, minicursos e atrações culturais. Criado com o objetivo de valorizar a cultura negra no Brasil e no mundo, a história da África, a contribuição civilizatória daquele povo, entre outros temas, o evento teve participação da comunidade acadêmica e externa durante os dois dias de realização no Campus Bom Jesus do Itabapoana.

Neumar Bartholazzi é formada em Letras e participou de várias atrações do evento. Mãe de Júlia Bartholazzi, aluna do curso técnico integrado em Agropecuária, ela se emocionou durante a ciranda de poesias africanas e afro-brasileiras, ministrada pela professora Ângela Poz. “Sou apaixonada por literatura e por tudo que envolve a vida do negro e sua luta. Acredito que esses momentos engrandecem muito, tanto pelo conhecimento como pela convivência”, compartilha.

Participante se emocionou ao citar importância do negro em sua história.

"O tema negro preenche minha alma", conta Neumar Bartholazzi.

Convidado pela organização para falar sobre o surgimento do Samba, Alberto Luiz da Silva elogiou a programação e ressaltou a importância de promover eventos com a proposta do Novembro Negro. “Esse é um tema de necessidade para uma sociedade mais democrática, para a coletividade. Essas questões têm que estar sempre em ênfase, principalmente na escola”, disse.

Várias oficinas foram ministradas por alunos do Campus Bom Jesus, que puderam compartilhar experiências pessoais e conhecimentos sobre o assunto. “Os anos que passamos aqui são de muito aprendizado, então poder trocar essas informações com outras pessoas é muito legal”, conta Celiane Vieira, que esteve à frente da oficina Papo das Pretas, juntamente com a aluna Izabela Lopes. “O que recebemos das pessoas, o modo como elas interagiram com a gente depois das oficinas e as experiências que ficam são coisas muito bacanas”, acrescenta Izabela.

Alunas ministraram oficina durante Novembro Negro.

"Falamos de assuntos sérios que temos em nosso dia a dia", conta Izabela (dir.).

Avaliação – O Novembro Negro foi bem recebido pelos participantes, que não economizaram elogios ao evento. Satisfeito com o resultado, o professor José Carlos dos Santos, membro da comissão organizadora, afirma que o objetivo foi plenamente atingido. “Nestes momentos nós atualizamos a necessidade de fazer não apenas um dia, mas de construir uma educação multicultural, alicerçada em uma pedagogia antiracista, que seja caminho pra uma sociedade igualitária, justa e fraterna. Esse momento se torna especial porque ele abre as portas para construirmos esse tipo de sociedade”, explica.

Fernando Ferrara, representando o reitor do Instituto Federal Fluminense, Jefferson Manhães, destacou a capacidade do evento de promover a igualdade social e diversidade cultural, “além de configurar uma ação de afirmação, reconhecimento e respeito a um grupo”. O diretor de Pesquisa, Extensão e Inovação do Campus Bom Jesus, Daniel Coelho, citou o papel local da instituição ao promover ações culturais e artísticas abertas à comunidade.

Organização - O Novembro Negro foi promovido pelos grupos que compõem os programas Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), Centro de Memória (CM) e Núcleo de Gênero (Nugen), em parceria com os projetos Cineclube Debates, Intervenções, NEPE e Jornal Estudantil.

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Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana