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Novembro Negro discute caminhos para sociedade igualitária
Arte e Cultura
Muitas palestras, mesas redondas, minicursos e oficinas debateram a temática do evento.
O Novembro Negro chegou ao fim na última sexta-feira (12), deixando nos participantes e organizadores um pouco de tudo que foi discutido, ministrado e apresentado nas oficinas, palestras, minicursos e atrações culturais. Criado com o objetivo de valorizar a cultura negra no Brasil e no mundo, a história da África, a contribuição civilizatória daquele povo, entre outros temas, o evento teve participação da comunidade acadêmica e externa durante os dois dias de realização no Campus Bom Jesus do Itabapoana.
Neumar Bartholazzi é formada em Letras e participou de várias atrações do evento. Mãe de Júlia Bartholazzi, aluna do curso técnico integrado em Agropecuária, ela se emocionou durante a ciranda de poesias africanas e afro-brasileiras, ministrada pela professora Ângela Poz. “Sou apaixonada por literatura e por tudo que envolve a vida do negro e sua luta. Acredito que esses momentos engrandecem muito, tanto pelo conhecimento como pela convivência”, compartilha.
"O tema negro preenche minha alma", conta Neumar Bartholazzi.
Convidado pela organização para falar sobre o surgimento do Samba, Alberto Luiz da Silva elogiou a programação e ressaltou a importância de promover eventos com a proposta do Novembro Negro. “Esse é um tema de necessidade para uma sociedade mais democrática, para a coletividade. Essas questões têm que estar sempre em ênfase, principalmente na escola”, disse.
Várias oficinas foram ministradas por alunos do Campus Bom Jesus, que puderam compartilhar experiências pessoais e conhecimentos sobre o assunto. “Os anos que passamos aqui são de muito aprendizado, então poder trocar essas informações com outras pessoas é muito legal”, conta Celiane Vieira, que esteve à frente da oficina Papo das Pretas, juntamente com a aluna Izabela Lopes. “O que recebemos das pessoas, o modo como elas interagiram com a gente depois das oficinas e as experiências que ficam são coisas muito bacanas”, acrescenta Izabela.
"Falamos de assuntos sérios que temos em nosso dia a dia", conta Izabela (dir.).
Avaliação – O Novembro Negro foi bem recebido pelos participantes, que não economizaram elogios ao evento. Satisfeito com o resultado, o professor José Carlos dos Santos, membro da comissão organizadora, afirma que o objetivo foi plenamente atingido. “Nestes momentos nós atualizamos a necessidade de fazer não apenas um dia, mas de construir uma educação multicultural, alicerçada em uma pedagogia antiracista, que seja caminho pra uma sociedade igualitária, justa e fraterna. Esse momento se torna especial porque ele abre as portas para construirmos esse tipo de sociedade”, explica.
Fernando Ferrara, representando o reitor do Instituto Federal Fluminense, Jefferson Manhães, destacou a capacidade do evento de promover a igualdade social e diversidade cultural, “além de configurar uma ação de afirmação, reconhecimento e respeito a um grupo”. O diretor de Pesquisa, Extensão e Inovação do Campus Bom Jesus, Daniel Coelho, citou o papel local da instituição ao promover ações culturais e artísticas abertas à comunidade.
Organização - O Novembro Negro foi promovido pelos grupos que compõem os programas Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), Centro de Memória (CM) e Núcleo de Gênero (Nugen), em parceria com os projetos Cineclube Debates, Intervenções, NEPE e Jornal Estudantil.
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Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana