A Mostra Indígena reuniu alunos e servidores durante a tarde da última quarta-feira (10) para jogos, exposições e até degustações relacionados à temática. O diretor-geral Carlos Freitas abriu o evento, enfatizando a importância de trazer o tema para o dia a dia da instituição “Não tive oportunidade de estudar a cultura indígena quando aluno, de modo que desenvolvi minha sensibilidade ao tema tardiamente. Fico feliz em ver nosso Instituto promovendo e trazendo essa discussão para vocês”, elogiou, desejando também que o evento gerasse conscientização e valorização.

O hall do Bloco de Ensino foi palco da abertura. O professor Eduardo Moreira introduziu as atividades lembrando a luta ao longo dos anos, a situação atual no cenário brasileiro, bem como a inegável importância da população indígena. A aluna Adrícia Carneiro, especialmente caracterizada para o evento, apresentou elementos da cultura, como o arco e flecha, que foram usados nos jogos liderados pelo professor de Educação Física Jackson Rezende. Os estudantes puderam manejar instrumentos, além de participar de outras modalidades esportivas, como o cabo de guerra e a corrida de toras de madeira. Para esta, galões de 20 quilos representaram os troncos de mais de 100 quilos carregados nas competições originais das aldeias.

O lugar foi ornamentado com ocas, que dividiram espaço com estandes dos variados temas apresentados pelos discentes, conforme pesquisas afins aos seus cursos: plantas medicinais, pratos típicos – com direito a degustação –, etnomatemática, entre outros. Simultaneamente, o auditório Amanda Celeste recebeu o graduando e pesquisador Renan Torre. Ele ministrou a palestra “Povos indígenas do Norte e Noroeste Fluminense: identidade, memória e patrimônio cultural”, falando sobre a ocupação indígena na região, compartilhando descobertas do grupo de pesquisa do qual participa, entre outras informações que foram apresentadas à curiosa plateia.

Alunos participaram da palestra com questionamentos e reflexões.

Encerrando a programação do dia, o Cineclube Debates conduziu uma discussão que levantou questões como a formação de opinião a respeito da causa indígena, considerando o que é veiculado pelos meios de comunicação; relações de poder, disputas, entre outros. "Foi um momento de ressaltar o que não é dito diariamente. Questionamos a história não contada e a questão da alienação dos problemas referentes à questão indígena a partir disso, dessa zona de conforto onde não sabemos das coisas", esclarece o professor Rafael Tardin, coordenador do projeto. O debate teve participação dos alunos e também dos professores Eduardo Moreira e Diego Martinez.

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