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Estudantes de Informática e Engenharia participam de visita ao centro histórico de Bom Jesus
Patrimônio
As telas, computadores, aulas em laboratórios, robôs e códigos diversos fazem parte do dia a dia dos estudantes do Curso Técnico em Informática e do Bacharelado em Engenharia de Computação do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Bom Jesus do Itabapoana. Entretanto, na última quarta-feira, dia 29 de março, eles trocaram o cenário tecnológico por momentos de contemplação na pequena Bom Jesus. Prédios antigos, ruas e espaços que contam e abrigam a história local foram a “sala de aula” do grupo, que percorreu algumas ruas do centro da cidade, visitou o Espaço Cultural Luciano Bastos e o interior da Igreja Matriz, encerrando as atividades na Praça Governador Portela.
A proposta da visita era proporcionar a observação do patrimônio cultural material e imaterial da cidade. O professor do IFF Bom Jesus Rogério Ribeiro Fernandes acompanhou os discentes durante a visita. Extensionista com vasta experiência no assunto, ele afirma que o grande desafio da educação patrimonial é atribuir significado aos objetos, sejam eles materiais ou não. “Isso é um trabalho contínuo e foi nesse ponto que estimulamos os estudantes: captar essas demandas, estimular os alunos a serem observadores. A ideia era fazer um trabalho de campo e não uma visita técnica. É outra proposta: estar no lugar, conversar com as pessoas, olhar ao redor”, explica. Rogério elogiou o material apresentado durante a visita, que contou não só com relatos, mas também fotos e objetos que tornaram a contemplação mais rica.
O desafio da observação foi bem recebido pelos discentes. O graduando em Engenharia de Computação Yan Nascimento Balbi, que está cursando o sexto período, considerou importante a oportunidade de aprender sobre a história de Bom Jesus do Itabapoana. Natural de Itaperuna (RJ), ele se surpreendeu com as narrativas que ouviu. “Pudemos perceber a importância da preservação de um patrimônio histórico. Ela não só ajuda a resguardar a identidade cultural do município, como também a motivar a pensar no que pode ser feito para que ela seja preservada”, ponderou. Entre as reflexões proporcionadas pelas histórias ouvidas, ele destaca a relevância da noção de pertencimento a uma cultura ou local para a preservação das memórias do meio.
O estudante Natan Saboia Amado, do Curso Técnico Integrado em Informática, também elogiou a iniciativa e destacou que as histórias do acervo da Igreja Matriz foram o que mais chamou sua atenção. Ele considera a atividade importante para sua formação, pois “rendeu muitos ensinamentos e possibilitou um novo meio de adquirir informações”, disse. Nesse mesmo sentido, Yan completa ressaltando a relevância do uso de tecnologia da informação para facilitar a integração de novas gerações com a cultura local, por meio de aplicativos. “Enquanto estudante, o estudo de preservação patrimonial também nos ajuda a desenvolver e aplicar conceitos estudados em sala de diversas disciplinas técnicas”, considera.
Para mais informações históricas sobre Bom Jesus do Itabapoana, acesse o site do Espaço Cultural Luciano Bastos.