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Especialista fala sobre estratégias de ensino para alunos com necessidades educacionais específicas
Inclusão
"Precisamos criar estratégias criativas que contribuam para o aprendizado dos alunos, dentro de suas limitações”, afirma a especialista.
Transtornos de aprendizagem como dislexia, discalculia, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) são alguns dos desafios de alunos e professores em sala de aula. Com o objetivo de criar condições que promovam igualdade e inclusão, o Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (Napnee) do Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana oferece capacitações de variadas temáticas aos servidores, buscando à reflexão, informação e melhoria da atuação profissional dos colaboradores junto aos alunos atendidos pelo núcleo.
“As dinâmicas podem ajudar o professor a melhorar sua prática e a refletir sobre o assunto, além de melhorar sua autoestima; fazê-lo pensar que ele pode conseguir e que o aluno também pode superar esses desafios”, afirma Bianca. A abordagem descontraída foi elogiada pela servidora Cleidiane Gomes, que atua no Napnee. “A palestra proporcionou uma renovação de conhecimentos a respeito da inclusão. Foi um momento muito enriquecedor em que pudemos aprender de maneira bem dinâmica e refletir a respeito do nosso trabalho diário com os alunos com necessidades educacionais específicas”, disse.
“Metacognição, atenção e memória: estratégias de inclusão para melhoria da aprendizagem” foi a palestra realizada nessa quarta-feira, dia 16, pela professora do IFF Campus Campos Centro Bianca Acampora, especialista em neuroaprendizagem, dificuldades de aprendizagem, psicopedagogia e arteterapia. Além de explicações sobre os transtornos e sugestões de como desenvolver estratégias e soluções criativas para lidar com tais desafios em sala de aula, Bianca convidou os presentes a participarem de vivências e dinâmicas de percepção, sensibilização e empatia.
Organizadora do evento, a assistente social do Campus Bom Jesus, Erika Barbosa, também avaliou positivamente a capacitação. “Bianca conseguiu levar os professores a refletir sobre suas práticas e metodologias usadas em sala de aula, além de fazê-los sentir na pele algumas dificuldades e limitações dos estudantes”, analisou.
Segundo o professor Paulo Emanuel Soares Viana, as informações foram importantes para sua atuação como docente. “Às vezes interpretamos mal um comportamento do aluno, que é característico de sua necessidade educacional específica. A orientação nos deu um direcionamento sobre como lidar com essas particularidades”. Ele cita também a série de encontros presenciais com especialistas, promovidas periodicamente pelo Napnee, que têm auxiliado os professores em casos específicos de estudantes atendidos pelo Núcleo do campus.