Notícias
Centenário de Nascimento de Ildefonso Bastos Borges
Homenagem
Há um século nascia o bonjesuense que seria o idealizador e fundador do Colégio Técnico Agrícola de Bom Jesus. Muitas foram as realizações de Ildefonso Bastos Borges em seu município de origem, mas poucas ficaram tão marcadas quanto a criação da instituição de ensino que há quase 48 anos beneficia estudantes não só do noroeste fluminense, mas também de municípios do Espírito Santo e Minas Gerais.
Fruto de um sonho do médico veterinário, o Colégio Técnico Agrícola tornou-se Colégio Técnico Agrícola Ildefonso Bastos Borges (CTAIBB) após sua morte, ocorrida no momento da assinatura do termo de fundação da instituição. Os familiares relembraram a iniciativa em uma homenagem prestada a “Fonsinho”, como contam no relato:
“Em 28/02/1918, nascia este ilustre bonjesuense, predestinado a ter várias missões, entre as quais, aquela que ficou marcada para sempre. Teve a sua vida ceifada em momento de intensa emoção ao, finalmente, depois de muita luta e reivindicações, ver concretizado o sonho, acalentado por ele e seus irmãos, Cid e Hélio, da fundação daquele que viria a ser o Colégio Técnico Agrícola de Bom Jesus, justamente, homenageado com o seu nome e, mais tarde, na continuação do sonho, encampado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) com seu ‘Campus Avançado’ e, atualmente, faz parte do complexo do Instituto Federal Fluminense (IFF).
Fonsinho, como era carinhosamente chamado, além da sua ocupação profissional como médico veterinário que era, ligado ao Ministério da Agricultura e lotado em um Posto avançado em Bom Jesus, graças à sua alta capacidade e dedicação, virtudes reconhecidas além fronteiras. (...)”
O saudoso professor Luiz Antônio Vieira da Silva também homenageou o criador do colégio, com uma publicação datada de abril de 2009 na revista Vértices:
"Certa vez numa coletânea de poesias encontrei: 'Este lugar maravilhoso existe graças a um veterinário saudoso: o Dr. Ildefonso Bastos Borges que todos os alunos devem homenagear.'
Estas palavras foram escritas em 1988 por uma aluna de nome Sinara. Numa declaração de amor ao Colégio Técnico Agrícola. Ela registra para a eternidade o nome daquele que muito fez para que muitos jovens nesses anos pudessem ter a oportunidade de ter uma boa formação como cidadão, assim como tecnológica.
Bom Jesus do Itabapoana, cidade localizada no noroeste fluminense e que possui como limite natural, entre os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, o bom e velho companheiro o rio Itabapoana. Município integrante de uma tradicional bacia leiteira e de plantio de café.
Em um posto fiscal isolado e fronteiriço do Ministério da Agricultura, seu Médico Veterinário sonha com uma escola de ensino agrícola para atender à boa gente do Vale do Itabapoana.
Quantas noites mal dormidas, fico imaginando, ele passou arquitetando a concretização desta idéia! Quantas noites de insônia. Quantos caminhos percorridos nos corredores, nos escritórios e salas de esperas foram passado. Quantas vezes sozinho!
De porta em porta, surge a possibilidade da criação da Fundação Educacional Bonjesuense, grande e verdadeiro passo para o nascimento do Colégio Agrícola. Nos ventos da década de setenta do tricampeonato mundial de futebol, na alegria contagiante da paixão brasileira, ouvisse pela primeira vez o Hino Nacional em solo fértil e acolhedor, da concretização do sonho sonhado. A Bandeira Brasileira, símbolo de uma nação, a tremular como se estivesse a saudá-lo. E a letra a confirmar: “Verás que o filho teu não foge à luta”.
Na emoção do momento seu coração não suporta. Justamente naquele instante de tamanha vitória!
Agora seu nome seria lembrado por todos. Naquele local, um brasileiro de nome Ildefonso ou simplesmente “Fonsinho”, cumpriu de maneira honrosa, a edificação de uma escola. Não uma escola qualquer. Mas de ensino técnico de nível médio profissional.
Que posteriormente tornou-se vinculada à Universidade Federal Fluminense, transformando-se numa Unidade de Ensino daquela instituição.
Hoje, o solo fértil CTAIBBanos, integra o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense. A semente cresceu e se desenvolveu. Uma árvore madura e carregada de frutos saborosos, que nos oferece alimento e sombra fresca.
Como jequitibá no meio da mata, lá está o eterno Colégio Técnico Agrícola Ildefonso Bastos Borges."