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Campus Bom Jesus e campus Avançado Maricá visitam aldeia indígena
Cultura indígena
Jornada Esportiva reuniu modalidades da cultura indígena.
Estudantes e docentes do Instituto Federal Fluminense visitaram, no último sábado (23), a aldeia Tekoa Ka'aguy Hovy Porã - Mata Verde Bonita, no município de Maricá, que celebrou a Jornada Esportiva e Cultural Indígena (JECI). O evento contou com uma série de manifestações esportivas e culturais, das quais estudantes e docentes dos campi participaram. Além disso, puderam interagir com a população, conhecer sua região e como vivem.
Os professores Tatiana Sena, Eduardo Moreira e José Carlos dos Santos, membros da equipe do Centro de Memória e do NEABI campus Bom Jesus, acompanharam os 39 estudantes do campus que participaram da viagem. Segundo Eduardo, o evento representou um rico momento de encontro intercultural, que propiciou uma reconstrução dos olhares sobre a diversidade presente em nosso país e em nossa região. “Experiências como esta guardam uma potente capacidade de desconstruir o legado educacional do apagamento histórico-cultural a que foram submetidas uma variedade de povos e etnias que resistiram e ainda resistem a partir da valorização de suas culturas e formas de vivenciar o mundo”, explica.
Para a professora Tássia Cordeiro, coordenadora do NEABI do campus Avançado Maricá, a visita foi importante, pois integrou a Semana da Consciência Indígena, realizada naquele campus entre os dias 18 e 23 de abril, organizada pelo Projeto de Pesquisa “A questão Indígena em Maricá” e NEABI. “A Semana da Consciência Indígena contou com atividades que procuraram refletir sobre a questão indígena na atualidade, culminando com a visita à aldeia. Por meio dela, foi possível conhecer a organização e as construções culturais da aldeia, bem como os indígenas de outras regiões do país, e alguns elementos de sua rica cultura, como o arremesso de lança e o artesanato”, conta.
A visita deixou boas impressões e gerou reflexões nos alunos. A estudante Alice Reis Abreu, do 2º ano do curso técnico em Alimentos, afirma que ampliou sua compreensão sobre os povos e culturas conhecidos ali. Ela conta que “no fundo senti como se eu fosse estrangeira em meu próprio país ao perceber que existem pessoas tão maravilhosas e interessantes que a todo momento estão sofrendo preconceitos e lutando por seus direitos e por sua terra”.
A bolsista do NEABI do campus Avançado Maricá, Vitória Carneiro, também avaliou positivamente a experiência. Segundo ela, a visita oportunizou uma aproximação com a cultura indígena, contribuindo para as discussões fomentadas pelo programa de extensão. “O contato com a aldeia possibilitou quebrar alguns estereótipos, sendo importante tanto para a minha formação como bolsista, como para a minha formação para a vida”, avalia.
Para o campus Bom Jesus, esta visita é parte do trabalho interdisciplinar que vem sendo desenvolvido pelos professores de sociologia, história e filosofia, que tem como eixo integrador “Os Povos Indígenas do Brasil”. A partir dele, será realizada a “II Mostra dos Povos Indígenas do Brasil: permanências e diversidades”, que ocorrerá no dia 10 de maio de 2016, no campus Bom Jesus. Na programação, estão previstos jogos esportivos indígenas, danças e apresentações de comidas típicas, palestras e a exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos estudantes do 2º ano que estão participando diretamente deste projeto. O evento é uma iniciativa que conta com a parceria do Centro de Memória, NEABI e o Projeto Cineclube Debates, coordenado pelo professor Rafael Tardin.
Mais informações sobre o NEABI nas páginas dos Núcleos no Facebook: NEABI do campus Avançado Maricá e NEABI Bom Jesus do Itabapoana.
Comunicação Social do campus Bom Jesus do Itabapoana