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Aulas de sociologia promovem inclusão no Campus Bom Jesus
Napnee
Política, democracia, cidadania e direitos humanos foram os temas discutidos pelo professor Eduardo Moreira com suas turmas de Sociologia nesse segundo semestre de 2019. Ao abordar os dois últimos assuntos, surgiu a ideia de trazer uma nova perspectiva para a sala de aula. Convidada pelo docente, a tradutora e intérprete de Língua Brasileira de Sinais Vivia Mery aceitou o desafio de compartilhar sua experiência com os estudantes, em palestras com propostas de promover empatia e integração.
Além de depoimentos e dinâmicas, Vivia utilizou diversos recursos para imergir os estudantes na realidade de quem possui alguma deficiência. Foram dois meses de estudos e preparo de material para que a experiência fosse a melhor possível. Leitura em braile, o alfabeto na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e uso de objetos como o Soroban (instrumento para cálculos) foram algumas das técnicas ensinadas. A curiosidade foi inevitável. “Apresentei casos de superação para mostrar que nós também podemos superar nossas limitações. Trouxe, por exemplo, o vídeo de uma pessoa que é surda e não tem os dois braços, mas usa a língua de sinais com os pés. Acredito que tanto para os alunos quanto para o professor foi um aprendizado, porque eu também aprendi muito com eles”, relata Vivia.
A inspiração funcionou para a estudante Luana Chierici, do primeiro ano do curso técnico integrado em Meio Ambiente. Destacando um dos vídeos exibidos durante a palestra, Luana cita a importância de se colocar no lugar do outro e de oferecer ajuda. “Passamos a ver de maneira diferente como são as dificuldades enfrentadas pelos portadores de deficiência. Acredito ser necessário promover a conscientização, oferecendo mais aulas como essas. Às vezes agimos mal por falta de conhecimento”, analisou, elogiando ainda a dinâmica da aula.
O professor Eduardo Moreira mostrou-se satisfeito pelo resultado obtido. “Os estudantes vivenciaram diferentes realidades. Foi extremamente valioso para que pudessem compreender melhor esta realidade e, em consequência, atuarem ativamente na sociedade para garantir os direitos destas populações”, explica.